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Proliferação de ratos na enchente preocupa moradores de comunidades ribeirinhas de Santarém

Com a cheia dos rios, comunidades enfrentam consequências do aparecimento de animais roedores, cobras e formigas. Comunidades ribeirinhas de Santarém tem regi...

Proliferação de ratos na enchente preocupa moradores de comunidades ribeirinhas de Santarém
Proliferação de ratos na enchente preocupa moradores de comunidades ribeirinhas de Santarém (Foto: Reprodução)

Com a cheia dos rios, comunidades enfrentam consequências do aparecimento de animais roedores, cobras e formigas. Comunidades ribeirinhas de Santarém tem registrado presença de animais peçonhentos e roedores Arquivo / g1 Em Santarém, oeste do Pará, moradores de comunidades ribeirinhas têm enfrentado problemas sérios com proliferação de ratos, cobras e até de insetos, como formigas. Segundo o diretor de Patrimônio e Finanças da Colônia de Pescadores Z-20, Edinaldo Rocha, os dois anos consecutivos de seca severa na região criaram condições ideais para que esses animais se reproduzissem descontroladamente. “Muitas espécies se reproduziram, como o rato, cobra, muitas formigas. Isso agora preocupa, porque com a enchente, essa água invade as casas, carrega esses animais para dentro das comunidades, e a população muitas vezes não está preparada para lidar com isso”, disse. == A enchente que contribui para a recuperação dos estoques pesqueiros afetados pelo período de estiagem severa, também traz desafios sanitários e estruturais. O alagamento de terrenos, quintais e casas nas margens dos rios Tapajós e Amazonas, já é observado por famílias que vivem da pesca e da agricultura de subsistência. Além do risco sanitário devido a presença de roedores, que podem transmitir doenças como leptospirose, há também o medo de ataques de cobras e escorpiões, já na maioria das vezes se escondem em locais com pouca iluminação em busca de abrigo. “A enchente vem com força e cobre a terra. O que era seco virou esconderijo para esses animais. Agora, com tudo alagado, eles estão entrando nas casas, subindo nas varandas, se escondendo em depósitos”, relatou Edinaldo. A leptospirose é uma doença infecciosa grave causada pela bactéria Leptospira, transmitida principalmente por contato com urina de animais infectados, especialmente roedores, em água ou lama. Se não diagnosticada e tratada a tempo, pode levar à morte. Edinaldo Rocha reforça que é preciso uma atenção especial do poder público com ações preventivas de saúde, além de apoio logístico para famílias que possam ser afetadas diretamente. “Os ribeirinhos precisam de orientação e suporte. Essa situação exige cuidado e planejamento para que os danos não sejam ainda maiores do que os causados pela seca.” O cenário serve de alerta para as autoridades, pois exige vigilância redobrada diante dos impactos que os extremos climáticos têm causado à vida nos rios e nas margens. VÍDEOS: Mais vistos do g1 Santarém e Região