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Cantor paraense Gutto Xibatada morreu de Mpox, diz família

Artista tinha contraído a doença e morreu na última terça-feira (22). Prefeitura de Belém confirmou um caso de Mpox com morte, mas pontuou que ainda invest...

Cantor paraense Gutto Xibatada morreu de Mpox, diz família
Cantor paraense Gutto Xibatada morreu de Mpox, diz família (Foto: Reprodução)

Artista tinha contraído a doença e morreu na última terça-feira (22). Prefeitura de Belém confirmou um caso de Mpox com morte, mas pontuou que ainda investiga se doença matou o paciente. Gutto Xibatada. Reprodução / Redes sociais A família do cantor paraense Gutto Xibatada disse neste sábado (26) que o artista morreu de Mpox (monkeypox) na última terça-feira (22). A prefeitura de Belém confirmou um caso da doença com morte, mas pontuou que ainda investiga a causa do óbito. A irmã do artista, Mariusha Dias, contou ao g1 sobre as complicações na saúde do irmão depois do diagnóstico, que foi dado em março. De acordo com ela, ele teria contraído a doença infecciosa no final do ano passado, durante uma viagem. Gutto era cantor de forró e realizava a "Varanda Xibatada" durante o Círio de Nazaré, onde reunia amigos e convidados para ver a procissão religiosa em Belém. O artista completaria 40 anos neste domingo (27). Cantor no projeto "Varanda Xibata". Arquivo pessoal No dia 22, Gutto chegou a ser internado com urgência no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Pronto Socorro Mário Pinotti, na capital paraense, mas não resistiu. Segundo a irmã, ele teve convulsões e febre de 40ª. Mariusha acompanhou de perto o agravamento da doença. Gutto passou grande parte do tratamento em isolamento em casa, a pedido dos médicos. Ela contou que nos últimos dias antes de morrer, o irmão já não conseguia mais se alimentar e respirar com a mínima qualidade, porque as vias respiratórias e a garganta estavam obstruídas com bolhas. A família relatou ainda a demora para os atendimentos e a falta de itens hospitalares básicos no Pronto Socorro, como lençóis, máscaras e até mesmo remédio para dor. Secretaria de Saúde do Pará confirma morte de paciente diagnosticado com Mpox Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) disse que o paciente diagnosticado com Mpox recebeu assistência médica especializada com todas as medidas clínicas e de isolamento recomendadas e que ele morreu após a evolução de comorbidades pré-existentes e infecções. O órgão comunicou que todas as condutas adotadas seguiram os protocolos técnicos do Ministério da Saúde, com o compromisso de garantir o cuidado integral, a ética e a dignidade no atendimento. A causa da morte do paciente ainda está sob investigação, e a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) também acompanha. O g1 questionou a Sesma sobre a falta dos suprimentos hospitalares, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. MPOX A Mpox é uma zoonose viral, ou seja, é transmitida entre pessoas e animais. A transmissão se dá, por exemplo, por contato próximo a fluidos corporais de uma pessoa contaminada ou por arranhões ou mordida do animal com a doença (entenda). Alguns dos sintomas são dor de cabeça, gânglios inchados e erupções na pele. A "varíola dos macacos", como era então chamada essa doença, foi identificada pela primeira vez justamente em colônias de macacos, em 1958. 📲 Acesse o canal do g1 Pará no WhatsApp A infecção recebeu o mais alto nível de alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) e também pode ser transmitida por roedores, como esquilos, e outros mamíferos, como até mesmo o cão doméstico. Por isso a mudança de nome. A doença é causada pelo vírus chamado MPXV (do inglês, monkeypox virus). Esse vírus pertence à família dos Orthopoxvirus, um dos maiores e mais resistentes vírus de DNA já conhecidos. Entenda como o vírus da Mpox infecta o corpo humano. Ana Moscatelli/Arte g1 VÍDEOS com as principais notícias do Pará Confira outras notícias do estado no g1 Pará.